1- Quem é o indivíduo por trás do hobby?
Citação:
Biólogo, casado, pai de uma "crionça" e um "aborecente", com 47 anos, enfim...
Um careca de perfil pra lá de CHATO! Reconhecidamente, um cara chatíssimo para os padrões do mundo atual!
2- Como entrou neste hobby? Ainda se lembra do seu primeiro modelo?
Citação:
Por causa do trauma gerado pela perda de um modelo! Antes disso, as miniaturas eram só brinquedos. Mas, em novembro 1967, ao deixar um Jeepinho Matchbox em uma mesa de um restaurante no bairro de Santa Felicidade, quando em uma visita a Curitiba, as coisas mudaram de perfil e a mania de guardar com cuidado os die-cast começou!
3- Após o tempo de coleção, como você se enxerga hoje? Colecionador ou acumulador?
Citação:
Hoje acumuladores são colecionadores em potencial, só é preciso uma re-educação do hábito de colecionar. Já os colecionadores, por conseqüência, são normalmente, ex-acumuladores já educados. Só que cada um tira das "lições die-cast" um teor diferente de conhecimento, daí uma variação no ato de colecionar mesmo entre os "educados". Com a divulgação do hobby, existirão colecionadores que não vão passar pela etapa de acumular! Muitos já "nascerão" pulando os anos na "escola die-cast".
4- Como você define sua coleção? Temática? Por escala? Conte um pouco dela para nós.
Citação:
Temática! “Tematizar” é uma conseqüência do bom aprendizado na "escola die-cast"! Mono escala! Um conceito importando dos ferreomodelistas. Motivo, padronização e, por conseqüência, melhor organização.
Hoje, a coleção GAL (sigla resultante das iniciais dos nomes: Gabriel, Alexandre e Leonardo) tem cerca de 100 modelos, na escala 1/43, cujo tema é automobilismo de competição.
5- Como armazena e expõe sua coleção?
Citação:
Em estantes de parede cuja parte frontal é fechada com vidros. São boas, pois, não ocupam espaço no chão dos cômodos. Ainda assim, também mantenho as miniaturas dentro de suas caixas originais.
6- Possui cuidados especiais? Técnicas de conservação?
Citação:
Sim, são muitos quem quiser checar tem um artigo meu e do colega Sergio na DCCVm!
Todavia, como destaque e em resumo:
a) Limpo as áreas sem decais com mistura de água destilada (80%) e glicerina branca (20%). Nunca tenho motivo para limpezas com uso de outros agentes, pois, como disse, deixo as minis em suas embalagens, e assim, elas estão muito pouco sujeitas a danos.
b) Mesmo nas embalagens eu, temporariamente, faço uma manutenção soltando a miniatura e colocando uma manta entre a base e os pneus da mesma, cuja função é evitar quaisquer reações entre a borracha e a fibra.
7- Quais quesitos leva em consideração para a aquisição de modelos? Lista, gosto, segue um padrão?
Citação:
Valor cultural que a mini têm! Ou seja, se ela conta uma boa história! Depois, como todo colecionador brasileiro em geral, preço!
8- Como costuma adquirir suas minis?
Citação:
Isto é uma coisa muito interessante no meu caso, pois, a grande maioria dos meus modelos é resultado de trocas. Sim, desde a coleção primordial de Matchbox venho trocando miniaturas. Por vezes troco até minis por outras coisas. Já fiz até por trabalho, explico: Como conheço alguns colecionadores de peças biológicas (insetos, plantas, etc...), por vezes, faço a identificação deste material em troca de modelos die-cast. É raro, mas, por vezes rola.
9- Você gosta de estudar a história real das suas miniaturas em relação ao modelo em escala 1:1?
Citação:
Claro é essencial, para um colecionador que está transitando no nível do "segundo grau do die-cast" para a "faculdade die-cast"! Hoje como estou arrumando minha coleção no formato de um mini-museu tenho que apresentar, junto com as peças (as miniaturas) uma placa informativa e ela só pode ser gerada com pesquisa!
10- Qual o carro de seus sonhos? Ele já existe em die-cast? Você tem?
Citação:
Não tem! Não dá para se considerar, ao se montar um mini-museu, as peças isoladamente. A coisa passa ser um todo. Talvez, possam existir, modelos com maior valor cultural. Seriam aqueles que têm além da bagagem histórica, também informação pertinente ao próprio modelo.
Um exemplo, seria um raro modelo de fórmula livre (pré-fórmula 1) que ainda pertenceu a um piloto importante na história da competição. Em resumo, a mini é importante por ela e pelo que conta.
Porém, nunca parei para avaliar um modelo que reúna tais perfis.
11- O que gostaria que mudasse nos atuais die-cast?
Citação:
O modo como se imagina a embalagem! Ela tem que ser mais rica culturalmente falando! Muitos fabricantes já deram o primeiro passo trazendo informações sobre a série, a edição, etc...
Mas, ainda é insuficiente, tem que haver mais dados sobre o modelo.
12- Já fez alguma loucura para comprar uma mini?
Citação:
Não. O máximo que rola é ficar meio chocho quando uma oportunidade é perdida. Seja do que for, de compra, de troca, de restauração, etc...
13- Como sua família encara seu hobby?
Citação:
Ninguém gosta como eu! A esposa é totalmente indiferente e os filhos vivem ciclos que vão do gosto ao desgosto, depende da proximidade do computador, rs, rs, rs...
14- Obsessão ou Hobby, como você define seu ato de colecionar?
Citação:
Já foi uma paixão. Hoje é um complemento cultural que vem casar-se com meu outro hobby, as corridas de carros.
15- Qual o "peso" de sua coleção em sua vida, você viveria sem? Se precisasse vender, você venderia?
Citação:
Não viveria sem, mas, se por acaso eu perdê-la, seria triste, mas, não a morte! Como falei são um complemento. Eu se pudesse, faria de novo, mais não seria o fim do mundo se não fosse possível. O fim do mundo seria acabar o automobilismo de competição, isto sim! Haveria um buraco nas minhas horas vagas!
Se eu precisar vender venderia, o problema é encontrar quem compre, rs, rs, rs...
16- Como você vê o futuro de sua coleção?
Citação:
Não sei não parei para pensar firme sobre isso. Talvez se dividindo a questão em: futuro longínquo e próximo, digo que sobre o primeiro ainda não tenho opinião e que só vejo o futuro próximo onde a aplicação do conceito Museu deverá ditar a tendência aqui nas prateleiras.