
Copacabana tem a cara do Brasil; é plural, cosmopolita, reúne em poucos quilômetros quadrados o luxo e o lixo, mas para vê-la bem é necessário estar no alto ou no mar, a excessão de um único lugar: o Forte de Copacabana. Localizado na mesma pedra aonde estava a Igrejinha de Nossa Sra. de Copacabana, sua construção teve início em em 1776, na iminência de invasão espanhola que se materializou no ano seguinte. No entanto sua aparência atual data do século XX, projeto do major Tasso Fragoso. O engenheiro Otto Kuhn recalculou-o de modo a que fosse executado com peças de concreto pré-moldadas na Alemanha, que aportaram aqui em mais de cinco mil caixas. Foi inaugurado em 28 de setembro de 1914 e em 1919 o terreno da Igrejinha foi adquirido pelo Exército e ela acabou sendo demolida para dar lugar ao Quartel de Paz.
Foi palco de acontecimentos importantes da História do Brasil, como o levante dos "Dezoito do Forte" (de 2 a 6 de Julho de 1922), que todos estudamos nas aulas de história no período escolar. A partir de 1987 com a extinção das Baterias de Artilharia de Costa, as instalações do Forte foram transformadas em Espaço Cultural, onde se destaca o Museu Histórico do Exército. O museu preserva em seu acervo itens curiosos, como uma mecha dos cabelos de Napoleão Bonaparte e fragmentos da bandeira do Brasil portados pelos revoltosos de 1922.

De chegada nosso Mustang foi conferir a qualidade das então cristalinas águas da Princesinha do Mar.

Este aí sou eu, posando junto à primeira vista que se tem ao adentrar a área do quartel que costeia Copacabana. Ao centro da foto vê-se o topo do Morro do Pão de Açúcar.

Não resisti e fui direto para o meu local favorito, a casamata abobadada, que tem nada menos que 12 metros de espessura! Ela tem quatro cúpulas móveis encouraçadas, com canhões Krupp. Ao fundo dessa foto vemos o par de canhões de 305 mm com alcance máximo de 23 km. Ao fundo está o outro lado da boca da Baía de Guanabara, onde se situam Niterói e praias adjacentes.

Esses canhões têm nome, só não sei aí se o Mustang está perigosamente abrigado no "Barroso" ou no "Osório".

Diante do oceano aberto, junto aos canhões de 190 mm.

O Mustang itinerante, que é nascido na China, adquirido no PR e customizado no Rio, admira a paisagem da praia mais famosa do Brasil.

Aqui vemos o outro lado do Forte, ao fundo vemos a Pedra do Arpoador e a praia do Diabo.

Pelo horário da tarde, o sol não era dos mais fraquinhos não...

Então o Mustang teve tudo o que o bom soldado gosta: sombra e água fresca!

De saída podem ver que eu literalmente "suei a camisa" nesse passeio, aproveito também para registrar a garbosa farda histórica da época da inauguração, em 1914.

Espero que tenham gostado do breve passeio de nosso Mustang!
Abraço,
Leo